SANDRA ARTIÑANO é arquitecta e artista visual. A sua prática transita entre as artes visuais e a instalação. Sandra Artiñano sugere uma visão de um território que equivale a “alguma coisa” e a “nada”, coexistindo num mesmo plano. Amante das teorias quânticas, da mecânica ondulatória de Schrödinger e do “psi” invisível e que ondula através do espaço. Apropria-se destas sinusoides que dão forma a esta obra, e das Teoria das Supercordas, utilizando este material como seu principal meio de expressão. Por outro lado, a imagem vazia, que percepcionamos entre os fragmentos ondulantes de cordas, são ondas complementares que concedem plenitude às suas peças.

Subjetivamente, e desde a frequência da cor, introduz-se a energia do espectro electromagnético do ser humano para o representar, rompendo a simetria temporal da função de onda que é o contexto principal de estudo da mecânica quântica. Trabalha associando a frequência da cor a cada uma das necessidades humanas. A informação contida nas ondas, flui escondendo-se entre as cordas como fio condutor do tangível e do intangível. Esta obra de Sandra busca conectar esta
informação invisível materializada em cada sutil tom de cor, com as emoções entre as que vivemos. Nesta exposição, a luz, a pintura, o mosaico e o vazio, são apresentados como espaço de trabalho. Os fractais, por sua vez, conectam a mencionada informação ondulatória e vibracional com a geometria divina da natureza.